

Hoje bateu a saudade da minha Terra :
ANGOLA
Dos imbondeiros, das queimadas, do cheiro da chuva na terra, que não existe em mais nenhum lugar do mundo...
Das praias fabulosas, com àgua e areia quentinha, uma luminosidade tamanha e um pôr do sol tão tão tão que apetece ficar ali, parados, a olhar! Do calor das gentes ,da sua mangonhice e apesar disso do tempo que chegava para tudo!
Espero conseguir lá voltar ainda este ano e encontar o "filho" preto da minha mâe o meu "irmão" Zé Chipuko, que me dizia sempre : Em Deus somos todos irmãos, menina.
E deixo-vos com um poema do pintor e poeta NEVES E SOUSA, que também é o autor da angolana que está no começo da página
SER ANGOLANO
Ser angolano é meu fado, é meu castigo
branco eu sou e pois já não consigo
mudar jamais de cor ou condição...
Mas será que tem cor ou coração?
Ser africano não é questão de cor
é sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão nem mesmo de bandeiras
de lingua, de costumes ou maneiras...
A questão ,é de dentro, é sentimento
e nas parecenças de outras terras
longe das disputas e das guerras
encontro na distância esquecimento